O Dia da Mulher
Afro-Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 25 de julho de 1992, durante
o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo
Domingos, República Dominicana. A data marca a luta e a resistência da mulher
negra contra a opressão de gênero e raça.
Dois anos do Estatuto
- O Estatuto da Igualdade
Racial, instituído pela Lei 12.288/2010, expressa legítimas demandas da
população negra. Neste ano, completa dois anos da sanção e se constitui num
importante instrumento para que as desigualdades raciais sejam reconhecidas e
abordadas em diferentes níveis de governo. O Estatuto estipula que o Estado
desenvolva políticas públicas que visem à promoção, à preservação e à
disseminação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da
influência negra na formação da sociedade brasileira.
Este novo
país impôs papéis sociais para essas mulheres negras que passaram a ser
brasileiras. As mulheres negras foram escravizadas e exploradas pelos senhores.
Pelo fato de serem mulheres, também foram exploradas sexualmente, usadas como
prostitutas e também cumpriram com o papel de alimentar gerações de crianças
brancas, sendo, por diversas vezes, forçadas a abandonar seus próprios filhos.
No
Brasil, por exemplo, as
mulheres negras têm menos anos de estudo que as mulheres brancas e recebem um
salário cerca de 50% menor. 90,23% da população negra economicamente ativa está
no empregodoméstico,
enquanto na população branca este percentual é de apenas 6,1%. A maioria das
mulheres negras chefes de família (60%), isto é, sem companheiro para
contribuir com a renda, tem rendimento de até um salário mínimo.
Fonte: Racismo Ambiental
Postado por Ana Sollo